7 de ago. de 2011

Atividade cultural de sensibilização e valorização dos povos nativos e habitantes do continente americano


Balaio Ameríndio - ação cultural do INSTITUTO GENS realizada em parceria com o Projeto Cala-boca já morreu e apoio do Laboratório Experimental de Arte-Educação e Cultura, da Faculdade de Educação da USP.

O que é
Evento destinado a apresentações de indivíduos e grupos especialmente envolvidos em ações culturais que valorizam as culturas tradicionais do continente americano.

O que pretende
Contribuir para o conhecimento e o debate sobre as questões que sustentam os modos como vemos e tratamos a nós mesmos como nativos e/ou habitantes do continente americano.

Onde acontece
Rua Henrique Shaumann, 125 – Pinheiros – São Paulo, capital (quase esquina com a Av. Rebouças)

Quanto custa
Não há custo, exceto com alimentação e bebida.

Contatos
(11) 3714 8158 / 995 691 000


Promoção e realização 










Apoio







Sobre o Balaio

  • cesto feito à mão com taquara, cipó, lascas de bambu, cascas de folhas do dendezeiro, folhas (previamente coloridas ou não), talas e fibras de palmeiras, palhas etc.
  • tem forma arredondada, tamanhos variados e a parte superior (boca) sempre maior que a inferior (fundo)
  • não tem alças ou asas e é usado para transportar os mais diversos tipos e tamanhos de objetos
  • encontrado em todo o Brasil, tanto no interior quanto no litoral
Ameríndio
  • junção de América (homenagem de Cristóvão Colombo a Américo Vespúcio, supostamente o primeiro a pisar neste continente) e Índio (como foi chamado pelos colonizadores o tipo de gente encontrada nessas terras)
  • tanto américa quanto índio são invenções dos europeus colonizadores
  • nome dado a quem é nativo do continente americano, não importando se antes ou depois da colonização
  • termo que reúne uma diversidade de povos tradicionais diferentes (línguas, costumes, sentimentos e pensamentos) misturados a outros povos, igualmente diferentes, que passaram a habitar o mesmo território a partir do século 16
Balaio Ameríndio
  • embora o termo brasil tenha origens que remontam aos fenícios e até aos celtas, o espaço que ocupa no continente é também uma invenção dos colonizadores, mais especificamente dos portugueses
  • o balaio, por sua vez, é uma invenção dos povos que habitavam e habitam todo esse território, representando, talvez como nenhum outro objeto, a mistura de tantos povos diferentes num mesmo e grande espaço
  • igualmente o Brasil, possivelmente o lugar do continente onde mais se deram tantas misturas, não somente representa mas é, efetivamente, o grande balaio no qual cabem tantos povos e culturas diferentes
  • quais são, como são, quem são essas gentes... são perguntas que o balaio ameríndio propõe que sejam respondidas por essas mesmas gentes, buscando compreender, nas expressões culturais mais antigas, as raízes que sustentam nossos modos de pensar, sentir, ser e atuar nesses tempos recentes
  • música, canto, dança, rituais, poesia, estudos e pesquisas, filmes, comidas, documentários, cores, pinturas, festas... – desde que tenha a ver com nosso passado remoto, e que contribua para o nosso reconhecimento, tudo cabe no balaio ameríndio
  • não somos o que restou dessa mistura; antes, somos a própria mistura; entendemos que é fundamental sabermos do que fomos feitos para, então, decidirmos o que queremos ser